Produção de cosméticos - Em Mato Grosso, gordura do avestruz é transformada em cosméticos.
Apesar da dificuldade com o câmbio, os negócios diferenciados como cosméticos, produzidos com a gordura do avestruz, aumentam o faturamento.
Em Mato Grosso, gordura do avestruz é transformada em cosméticos.

Apesar da dificuldade com o câmbio, os negócios diferenciados como cosméticos, produzidos com a gordura do avestruz, aumentam o faturamento.

Em Mato Grosso, empresários se capacitam para exportar. Apesar da dificuldade com o câmbio, os negócios diferenciados como cosméticos, produzidos com a gordura do avestruz, aumentam o faturamento.


As empresas de Mato Grosso buscam clientes no mundo inteiro. Principalmente na América Latina, em países que estão mais próximos do estado, como a Bolívia e o Peru. O Sebrae tem um projeto de internacionalização que já preparou mais de 500 negócios para vender no exterior.


Mato Grosso é o sétimo estado brasileiro que mais exporta. Em 2009, o volume de vendas para outros países chegou a R$ 15 bilhões. E a nova aposta para ver essa cifra aumentar vem de uma fazenda em Nossa Senhora do Livramento, a 25 quilômetros de Cuiabá. A bolsa de gordura concentrada no abdômen do avestruz é filtrada até virar um óleo usado na produção de cosméticos. São fabricados: cremes hidratantes, loções e até protetores labiais.


“A gordura é processada e depois filtrada várias vezes até realmente sobrar somente o óleo. Então de uma bolsa de 15 quilos de gordura de avestruz a gente consegue obter 6 litros”, diz a empresária Tânia Kramm da Costa.


A empresária Tânia desenvolveu os produtos durante três anos. E só há nove meses colocou os cosméticos no mercado.


“Nós tivemos a idéia baseado na Europa onde já existem várias linhas que utilizam o óleo de avestruz e como nos tínhamos uma criação aqui nos resolvemos investir nesse novo segmento", conta.


A empresária investiu R$ 4 milhões na construção de um prédio moderno, onde funciona o laboratório de pesquisas, a fábrica e até o setor de embalagem. O rigor nas instalações é fundamental para conquistar o mercado externo. Só no ano passado o Sebrae ofereceu nove cursos sobre negócios internacionais.


“A micro e pequena empresa é receosa de pisar em solos internacionais para pensar negócios. O nosso trabalho é exatamente esse. Preparar o empresário, levar o empresário para ver que existem oportunidades e que ele não precisa ter medo, ele precisa se capacitar”, diz Marta Regina Torezam, do Sebrae-MT.


Já foram lançados 25 produtos com a gordura do avestruz. Os cosméticos são vendidos em 52 lojas de sete estados brasileiros. Dos 8 mil frascos produzidos todo mês, 2 mil são exportados para a Bolívia. O marketing investe nos benefícios para a saúde.


“O óleo do avestruz é rico em ômegas 3,6 e 9, vitaminas D e E. Ele tem propriedades anti-inflamatórias, cicatrizantes. Além de ter uma penetração muito boa na pele”, aponta Tânia.


A qualidade depende da saúde dos animais. Por isso, a alimentação dos 800 avestruzes é especial.


“É uma ração que é feita por nós aqui, com soja, milho, mileto, para que o animal tenha mais gordura do que carne”, conta Tania.


A família da empresária cria avestruz desde 2006. o negócio começou com o aproveitamento de outras partes da ave. “A gente aproveita as plumas, as carnes, o couro”, conta.


Mas hoje o foco principal são os cosméticos. A empresa fez um catálogo em espanhol e inglês para facilitar a negociação. O material foi distribuído e chamou a atenção de uma empresa da Áustria que tem mais de 80 lojas. A primeira compra vai ser fechada em breve.


“Nós entendemos que existe espaço para trabalhar a diversificação da produção, agregação de valor na cadeia produtiva, especialmente pensar a micro e pequena empresa participando da pauta das exportações e importações de forma mais agressiva”, aponta diz Marta Regina Torezam.


O Sebrae leva os empresários para a China duas vezes por ano. E a cada viagem o volume de negócios aumenta. a distância com o país asiático não assusta.


“Nós temos picolés da Coréia do Sul em Cuiabá que são distribuídos por americanos. Por que não podemos ter produtos de Cuiabá sendo vendidos em qualquer continente?”, pergunta Marta.
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