Empresa de acessórios para conforto dobra de tamanho a cada ano.

Negócio criado por Sidney Rabinovitch se destaca na categoria crescimento do prêmio Empreendedor de Sucesso.

O crescimento dos negócios no Brasil é destaque do prêmio Empreendedor de Sucesso, da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Na quarta edição do prêmio, uma empresa de acessórios de conforto e bem-estar se destacou na categoria crescimento.

Todo ano, o empresário Sidney Rabinovitch lança 80 novos itens. Ele se tornou um especialista em acessórios para o bem-estar: almofadas em forma de bola, gatos, pinguins. Peças criativas e inovadoras, como apoio com alto falante para escutar música e o suporte para notebook.

“Ele não esquenta tanto e o tecido debaixo ajuda a dissipar também esse calor. Fora a facilidade de manuseio. Você consegue achar uma posição ideal pro seu trabalho”, mostra o empresário Sidney Rabinovitch.

A empresa produz almofadas de todos os preços e tamanhos. Há um encosto para o pescoço que custa R$ 45. E um pufe gigante que custa R$ 1,2 mil. Na contramão do mercado, o empresário produz tudo por conta própria. Não importa nem terceiriza nada.

“A gente consegue usar outras matérias-primas e desenvolver novos conceitos, novos produtos através de uma estrutura vertical que vai desde o desenvolvimento até a logística de entrega, até os pontos de venda”, conta Sidney.

A fábrica de almofadas dobra de tamanho todo ano, desde que surgiu em 2002. O empreendedor Sidney Rabinovitch faturou R$ 5 milhões em 2009 e deve superar os R$ 10 milhões este ano.

A história do empreendedor é de garra e superação. Ele começou com R$ 10 mil, depois de ser demitido do emprego numa companhia de hotéis. Sidney Rabinovitch comprou duas máquinas de costura usadas e matéria-prima para fazer pufes. As primeiras peças foram vendidas para uma grande empresa. Em 2004, o empresário criou a marca própria e deslanchou.

Uma empresa que vende conforto. O grande segredo está no que vai dentro das peças: o enchimento. São umas bolinhas de plástico, micropérolas macias e levíssimas. Elas têm uma capacidade muito importante: a resiliência. Se a gente aperta, voltam ao formato original.

O empresário levou um ano e meio para desenvolver as micropérolas. A matéria-prima é o poliestireno em pó. Ele é expandido por aquecimento até se transformar nas minibolinhas de 0,4 mm de diâmetro. As peças ficam cheias por pressão de ar.

A empresa de Sidney cresce para todos os lados. Vende no atacado e no varejo, para pessoa física e empresa. E tem lojas próprias e franquias. É uma estratégia para não depender de nenhum segmento e expandir sempre, de forma sustentável.

Hoje a rede conta com 40 pontos de venda no Brasil, entre franquias e lojas próprias. Todas ficam em shoppings. Uma das unidades é estrategicamente pensada. Tem 10 m de frente e é toda aberta. Vidros e espelhos ampliam o espaço. Há prateleiras de todas as alturas, que convidam as pessoas, adultas ou crianças, a pegar nas peças. Nesse tipo de produto, é a experiência tátil, o toque, que conquista o consumidor.

“Algo que você nunca viu antes. O enchimento, a elasticidade do tecido. É muito confortável”, comenta o cliente Thiago Favero.

Para montar uma franquia da rede, o investimento médio é de R$ 400 mil. Este valor é para uma loja de 35 m² em shopping center. O faturamento é de R$ 100 mil por mês e o retorno vem em dois anos.

Hoje a rede está em todas as capitais do país. No ano que vem, o empresário começa a expansão também pelo interior. Até o final de 2011, ele quer abrir mais 20 unidades, entre lojas próprias e franqueadas. Para ele, qualidade, criatividade e pioneirismo são os pilares do crescimento.

“Voltar pra casa e ter acessório de conforto que te ajude a relaxar, a meditar, a descansar, a ler, a dormir melhor, faz parte de um conceito importantíssimo, que é esse conceito que nós pregamos, que é o de conforto e bem-estar”, completa Sidney.