Setor de panificação - Tecnologia para o setor de panificação.
Empresários investem na gestão do negócio para aumentar as vendas.
Projeto do Sebrae leva tecnologia para o setor de panificação em Ribeirão Preto (SP.

Empresários investem na gestão do negócio para aumentar as vendas.

O pãozinho é um produto de venda garantida, mesmo assim, os donos de padarias da região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, buscaram orientações para ampliar os negócios.


“Eu acreditava que eu conhecia de panificação e, na realidade, eu tinha muito a aprender ainda e estou aprendendo ainda”, afirma o empresário Beto Rossi.
Ele é um dos 20 empresários que participam do projeto de fortalecimento das panificadoras. O trabalho é coordenado pelo Sebrae.


“Envolve três grandes temáticas: tecnologia, gestão e mercado. O foco maior é fazer com que aumente o faturamento e a lucratividade das empresas participantes”, explica o gerente do escritório regional de Ribeirão Preto, Rodrigo Matos do Carmo.


A padaria de Beto Rossi fica em Cravinhos, no interior paulista. No local, a mudança começou pela área de produção. Um funcionário pesa e separa os ingredientes. Depois, padeiros e confeiteiros recebem a mistura pronta e todo trabalho fica mais rápido.


“Um profissional bate em média 20 receitas por dia. Se ele perde de três a cinco minutos por receita, no final do dia, dá quase duas horas”, afirma o empresário.
Na área de vendas, mais inovações. Agora, os produtos têm código de barras e o atendimento no caixa fica mais ágil.


A disposição dos produtos também mudou. O pão francês, que é o item mais vendido, fica no fundo da loja.


“O cliente, ele entra na loja, passa pelo salgado, pela confeitaria, pelas bolachas, até chegar ao pão. A venda aumentou em 80% só no salgado. Os outros produtos de confeitaria, em torno de 30%, bolacha e pães especiais em torno de 40%”, conta Beto
A estratégia é chamada “venda de impacto”. O cliente não foi atrás daquele produto. Mas, quando o vê no balcão, acaba comprando.


Com a implantação das mudanças propostas pelo Sebrae, o faturamento dobrou. A padaria atende, por dia, quase 800 clientes e vende quatro mil pães. E até a qualidade de vida do empresário melhorou.


“Antes eu trabalhava muito. Umas 16, 18 horas por dia e hoje não. Hoje eu aprendi a delegar essas funções e aprendi também que com os funcionários bem treinados, eles fazem igual ou até melhor que você”, diz o empresário Beto Rossi.


A empresária Ludemila Bonfim é dona de outra panificadora que integra o projeto do Sebrae. Ela adotou as mudanças propostas pela consultoria.


“Trouxe várias melhorias em vários ramos da empresa, tanto no setor de vendas, na produtividade, do controle de produção, do controle de custos, da diminuição das despesas fixas, ele englobou um todo da padaria”, conta Ludemila.


A padaria fica em Ribeirão Preto e tem 12 anos. A principal modificação que implantou foi na negociação com os fornecedores.


Nem sempre aumentar os preços é a solução para lucrar mais. A melhor estratégia é reduzir os custos. Por isso, a padaria fez tabelas de compras para cada matéria-prima. Os fornecedores colocam suas ofertas aqui, lado a lado. É um tipo de leilão ao contrário. Ganha quem vende mais barato. Na média, o preço da matéria-prima caiu 9%.


“Depois que eu comecei a passar pro computador e comparei e vi o que a gente pagava antes de matéria-prima e o que a gente começou a pagar, é quase que assustador a diferença”, afirma a empresária Ludemila Bonfim.


A panificadora tem quase 500 itens de fabricação própria. São vários tipos de pães e de bolos caseiros. A empresária investiu num controle de produção. Isso garante um cardápio variado para os 500 clientes que fazem compras todos os dias.


“Com o controle de produção, a gente varia. Então, produtos de segunda-feira, terça, quarta, quinta, sexta-feira, são produtos diferentes” explica Ludemila.


O sucesso fez o projeto do Sebrae ser ampliado. A meta é desenvolver as ações em outras padarias no interior de São Paulo.


“Os resultados aqui são muito bons. A média do grupo de faturamento cresceu do ano passado em mais de 18%, acima da média nacional, e acima do crescimento do país. Então, são excelentes resultados, no qual a gente tá conseguindo até a adesão de mais empresas pro projeto, em função dos resultados, principalmente, aumento de faturamento e lucratividade”, comemora o representante do Sebrae em Ribeirão Preto, Rodrigo Matos do Carmo.
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