Emagrecer com saúde - Veja a tabela da pirâmide alimentar para você seguir uma dieta saudável.
Globo Reporter - Universidade de São Paulo/Faculdade de Saúde Pública


Universidade de São Paulo/Faculdade de Saúde Pública Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza
Centro de Referência para Prevenção e Controle das Doenças Associadas à Nutrição

Veja a tabela da pirâmide alimentar para você seguir.

Confira as tabelas utilizadas pelo CRNUTRI, da USP. Elas indicam as porções de quanto você deve comer.

O repórter Alberto Gaspar acompanhou um grupo de pessoas com o mesmo objetivo: emagrecer com saúde e mudar o estilo de vida.

Grupo topa seguir a educação alimentar

Alberto Gaspar acompanhou um grupo de pessoas que têm o mesmo objetivo: emagrecer com saúde.

E o repórter Alberto Gaspar topou o desafio. Ele faz parte de um grupo de brasileiros que está aprendendo os segredos da educação alimentar.

Emagrecer para sempre: quem não gostaria? Mas qual é o melhor caminho pra chegar lá? O Globo Repórter desta sexta-feira (12) revela a fórmula ideal, sem sacrifícios e sem riscos para a saúde. É o que garantem os pesquisadores do Centro de Referência em Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

Segunda-feira é dia de triagem no ambulatório da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). O que os pacientes têm em comum? Excesso de peso, sobrepeso, obesidade do tipo 1, 2 e 3. Nunca esse assunto foi tão comentado. Estamos vivendo uma epidemia?

“Eu sou muito ansiosa. Então, se eu estiver com um problema que não consigo resolver, eu ataco a geladeira”, conta a empregada doméstica Meiriane Aparecida da Silva.

Este é um mal que ataca cada vez mais brasileiros. Segundo o Ministério da Saúde, 43% da população estão com excesso de peso. E 13% são obesos. Boa parte já está pensando em emagrecer. “Eu acho que estou com uns 25 kg a mais”, confessa a cabeleireira Edna Ferreira de Souza.

Em muitos casos, os quilos a mais são só a parte visível, um sinal de que a saúde, como um todo, não anda bem. “O diabetes subiu um pouco, e os triglicerídeos e o colesterol também”, revela o zelador José Antonio dos Santos.

A nutricionista Samantha Caesar de Andrade, da USP, informa para Meiriane o resultado do exame de sangue da empregada doméstica: “no seu exame de sangue, já deu glicemia elevada que é aquele açúcar no sangue que teria que ficar abaixo de 100. Deu 141. E você já teve pico de pressão alta, apesar de não estar com medicamento”.

“Eu estava me sentindo mal. A minha nuca doía muito e também eu estava me sentindo muito tonta, sem energia, muito pesada”, diz a cabeleireira Edna Ferreira de Souza.

Tentar perder peso, quase todo mundo já tentou, mas conseguir já é outra coisa.

Comer é uma das mais partes importantes da vida, porque funciona como o combustível para todas as outras atividades. E essas atividades, por sua vez, também acabam influenciando na alimentação. Tudo conta: a profissão, a rotina de trabalho, o círculo de amizades, a tradição e a situação familiar, a cidade onde você mora.

O repórter Alberto Gaspar confessa que tem vivido altos e baixos de peso, ao longo dos anos. Ele revela que o dilema atual é controlar a quantidade do arroz, feijão e farofa e topa o desafio de também participar do programa de educação alimentar.

Para quem não tem horário, nem rotina, é mais difícil manter o peso. Nem quando estava em pleno horário de trabalho, do outro lado do mundo, atuando como correspondente em Israel, o repórter se livrava das tentações.

A primeira coisa que as nutricionistas fazem é calcular o Índice de Massa Corporal (IMC): uma fórmula que permite verificar se o peso da pessoa está adequado para a altura dela. O cálculo é feito da seguinte forma: divide-se o peso pela altura ao quadrado.

IMC = altura²/peso

A nutricionista informa que o IMC do repórter deu 32,7. “Quando a pessoa apresenta até 25, a gente chama o peso de adequado. De 25 até 30, a gente fala que é um sobrepeso, um peso um pouco acima daquele que seria o recomendado. A partir de 30, vem a obesidade. Você deu 32,7. Já se chama obesidade”, diz doutora.

O segundo dado mais importante é a medida da cintura: “em geral, a cintura é onde se localiza a gordura. É uma gordura que está associada ao colesterol alto, à pressão alta, ao diabetes. Então, o nosso enfoque não é só emagrecer em relação à diminuição do peso, mas também diminuir essa medida”, explica a Dra. Viviane.

E Alberto Gaspar não vai entrar nessa sozinho. Ele acompanha a empregada doméstica Meiriane Aparecida da Silva, a cabeleireira Edna Ferreira de Souza e o zelador Luis Dias Ribeiro. São os ‘companheiros de dieta’ do repórter.

E para estar sempre por perto nas primeiras três semanas, a nossa equipe instalou uma pequena câmera na casa de cada um. Não é pra gente ficar espiando. É para que cada um mantenha uma espécie de diário da sua dieta.

Luis trabalha em um edifício comercial de São Paulo, desde que chegou de Pernambuco, há 23 anos. Ele já fez faxina e foi porteiro, até virar zelador anos trás. Ele também mora no prédio, com os dois filhos e a mulher, a dona de casa Ana Gregório. Em mais de duas décadas, o local de trabalho não mudou, mas o visual do Luís, sim.

Em agosto do ano passado, Luis atingiu 95 kg de peso. Foi quando percebeu que precisava emagrecer. Afinal, a mulher dele pesava a metade disso: 48 kg. E ele começou por conta própria. Ou melhor: com a preciosa ajuda de sua nutricionista particular.

O zelador conta que já perdeu 9 kg com a ajuda da sua esposa, mas ainda quer chegar aos 70 kg e tem medo de voltar aos velhos hábitos alimentares. “De manhã cedo, eu gostava de comer dois ou três pães, com uma linguiça e, às vezes, sarapatel”, conta Luis. E isso era só o café da manhã.

Como Luis decidiu que não quer mais ser gordo, foi em busca de ajuda profissional. As nutricionistas do CRNUTRI não impõem nenhum cardápio, nenhuma medida drástica. Trata-se do que elas chamam de "educação alimentar", para emagrecer de uma vez por todas e para sempre.

“A gente não quer que o paciente esqueça tudo o que ele fez até hoje e agora comece a fazer tudo totalmente diferente”, explica a nutricionista Viviane. “Eliminar certos alimentos não funciona, porque a pessoa, às vezes, consegue eliminar por uma semana, por um mês ou dois meses, mas ela vai acabar tendo uma recaída e volta com tudo”.

A cabeleireira Edna já foi vítima do efeito sanfona mais de uma vez: emagreceu e voltou a engordar. Nos últimos meses, ela perdeu 4 kg por conta própria, mas estava difícil enfrentar esse desafio, morando bem perto do salão de beleza que mantém em parte da casa.

“Eu estava me lembrando que a minha vida inteira eu briguei com a balança. Quando eu tinha meus 18 anos, comecei a tomar remédio e ficava a noite inteira acordada. Outra vez, eu tomei um remédio que eu ficava dopada e não conseguia fazer nada. Aí outra vez, fiz regime, fiquei um mês e quinze dias e perdi 10 kg, mas, quando eu voltei a comer, acho que em 15 dias eu engordei tudo”, revela a cabeleireira.

Ao contrário de Edna, Meiriane nunca fez dieta em seus 32 anos de vida. Mãe de dois filhos, ela passa a semana com eles na casa da professora aposentada Lúcia Marques, onde trabalha como empregada doméstica. Juntos, todos cultivam o hábito de uma mesa farta, não importa a hora.

Meiriane está na faixa de obesidade 1. Ela precisa não só perder peso, como diminuir bastante a glicose no sangue. Pelo diário que ela gravou nos primeiros dias, não vai ser fácil.

“Estou doida para comer um pastel da feira, mas não comi. Fui no aniversário. Todo mundo estava comendo pão e bolo, e eu comendo uma barrinha de cereal, com um copinho de suco”, revela a empregada doméstica para a câmera. “Fecho o olho e lembro do bolo que eu não comi. Se fosse noutro tempo, tinha comido um pedaço de bolo grandão e tinha até levado pra casa pra poder comer de manhã no café da manhã”.

Confira as 14 metas para emagrecer com saúde.

As nutricionistas da USP têm uma lista de 14 metas que devemos tentar alcançar pouco a pouco, pelo menos duas a cada semana, para perder peso.

Confira as 14 metas da educação alimentar, indicadas pelo Centro de Referência em Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP).

1) Faça de 5 a 6 refeições por dia.
2) Frutas na sobremesa e nos lanches.
3) Coma verduras e legumes no almoço e no jantar.
4) A porção de carne deve ser do tamanho da palma da mão.
5) Troque a gordura animal por vegetal e consuma com moderação.
6) Modere nos açúcares e nos doces.
7) Diminua o sal e os alimentos ricos em sódio.
8) Consuma leite ou derivados na quantidade recomendada.
9) Consuma pelo menos 1 porção de cereal integral.
10) Coma uma porção de leguminosas por dia.
11) Reduza o álcool. Evite o consumo diário.
12) Beba no mínimo 2 litros de água por dia.
13) Faça pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias.
14) Aprecie sua refeição. Coma devagar.



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