Nossa Loja


Aug… e Resp… Loja Simb… Mestre Pescador – 154
Fundada em 29/06/1972
Sob a Jurisdição da “Sereníssima” Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo
 
Foi adotado o nome “Mestre Pescador”, em homenagem ao Apóstolo Pedro (que era pescador e tem como data comemorativa o dia 29 de junho), e que foi eleito , pelo Mestre dos Mestre “Jesus”, o seu primeiro representante aqui no planeta Terra.

A partir daí Pedro passou a ser “Pescador de Almas”, baseando-se nessa passagem, nós que pertencemos a “Loja Mestre Pescador” somos e seremos eternos “pescadores” de Homens, que passarão a fazer parte de nossa Instituição.
 
Patrono da Loja “Mestre Pescador 154”

PEDRO, o gigante de Betsaida, o pescador famoso do Mar da Galiléia, convidado pelo Cristo para pescar almas na Galiléia , era homem de sensibilidade incomum, grande coração, enérgico por vezes, e manso quando seus sentimentos eram tocados, alma afinada como instrumento espiritual , no qual deveriam tocar os anjos.

- Pedro! Pedro! Tu és pedra, em quem deposito toda a minha fé!… – Alguém lhe disse certa vez, marcando com isso seu roteiro na definição de alicerce doutrinário do Cristianismo crescente.

Simão Pedro Bar-Jonas foi o primeiro escolhido dentre os homens do mundo para discípulo do Divino Amigo de todas as criaturas. Pedro gozava de grande prestígio entre os homens que pescavam no Mar da Galiléia, como os Betsaida – sua terra natal! – Tiberíades, Magdala, Corazin, Cafarnaum, além de muita gente que vinha de Nazaré e de Caná, a serviço da pesca. Essa gente não vivia somente da pesca. Era um povo laborioso. Nessas localidades, havia artesães de grande habilidade no trato com madeira, barro ou pedra. Vendiam suas peças aos comerciantes, viajantes, não sendo raros algumas delas irem parar até em Roma e Grécia. Teciam seu próprio linho e trabalhavam o couro de cabra e carneiro. Aproveitam a lã em variados processos de vestimentas e enfeites. Cultivavam o trigo em algumas regiões e eram hábeis na produção de pão, que saboreavam com mel e leite, segundo arte herdada dos antigos profetas.

Pedro já estava morando em Cafarnaum. Ali fizera, com os demais pescadores, uma sociedade, para dela nascer, como em Betsaida, um grande rancho, onde pudessem descansar juntos, fazer reuniões e se inteirar de tudo que se tratasse sobre a pesca naquela região. Daqueles encontros , nasceram muitas histórias. Cada pescador contava a sua e alguns criavam fantasias, à falta de fatos. O pescador sempre teve boa imaginação, o que justifica o que se diz quando se tem dúvida de alguma notícia: “ Isso é história de pescador”. Mas existem muitas histórias reais e bem reais.
 
Vejamos o que um dos pescadores narrava, na presença de Pedro, contando o que vira no Mar da Galiléia:
- Eu ia atravessando o grande lago ao romper da madrugada; a lua prateava as águas mansas e também iluminava a gente. De vez em quando, notava-se um barulhinho aqui e ali, pois no calor da noite os peixes procuram a flor das águas. Mas, de repente, ouvi alguns estalos no casco do barco. Sem assustar, continuei a remar. Comecei a fazer uns ziguezagues, provocando maior barulho nas águas para deixar de ouvir os estalos, que já começavam a me incomodar. Ah, companheiros, os estalos aumentaram cada vez mais. Começou a estalar em cima do barco, passou a estalar no ar. Pensei em fazer alguma coisa, pular na água, gritar, voltar para trás, mas nada disso era certo, o melhor era esperar… E foi o que fiz. Tive uma idéia rara para mim e que me deu uma certa coragem. Sabem o que foi? Pensar em Deus. Já tinha ouvido falar que é a solução melhor quando a gente está com medo, e eu já estava quase doido de medo. Ah, seu Pedro, que coisa bonita aconteceu! Ouvi vários estalos de uma só vez e, em seguida, apareceu um risco de luz brilhante, trazendo dentro um ancião sorrindo para mim. Sabem quem era? O meu avô Josefim. Daí a pouco eu não sabia compreender a mim mesmo, tanto eu chorava quanto sorria. Senti umas coisas difíceis de explicar, e ele veio me seguindo até as margens, ora atrás ora ‘a frente do barco… Eu não sei se vocês vão acreditar, mas se crêem na existência de Deus é bom que aceitem a minha história. O lago, a lua a as estrelas são as testemunhas!

Alguns sorriam sem parar, outros não, Pedro abraçou o rapaz, falando:
- Meu amigo, essas coisas não devem ser contadas para todo um grupo, mas sim a pessoas que possuem fé…

E ficou pensativo com a história, com um resguardo que lhe era peculiar.

Cai a noite, Pedro já se encontrava em Betsaida, junto a Felipe e André. Rumaram para o casarão e ali trocaram idéias com alguns companheiros, enquanto esperavam o inicio da reunião, onde iriam gozar as delícias da luz espiritual.

Todos assentados em silêncio, Simão, o cananita, ergueu aos céus sentida oração, como que falando a Deus e pedindo para que todos os discípulos pudessem entender a nova doutrina do Cristo.

Pedro, impaciente, olha para Jesus e Este acena a cabeça, com bondade, como quem dissesse: “ Pedro, fala “ E o discípulo falou:
- Mestre! Queira desculpar a minha impaciência. Tu bem sabes que sou assim mesmo. As necessidades têm me ensinado que não devo parar para sobreviver melhor. E às vezes, não consigo disciplinar-me quando estou em um ambiente como este, de respeito e de harmonia. Queria saber, de tua parte, o que vem a ser aceitar. Há momentos em que perco a direção diante dos fatos, e eles se complicam para o meu entendimento.
 
Pedro descansa o corpo pesado no tosco banco dos pescadores, Jesus, magnânimo e sereno, expõe com gentileza:
- Simão Pedro Bar-Jonas! Deus abençoe as tuas pesquisas. A aceitação real depende do modo pelo qual aceitas. Quando entrares na lavoura da natureza, em busca de algum fruto que possa saciar a tua fome, aceitas de pronto que todas as árvores fazem parte dela, como os animais, a terra e as águas, o ar etc… No entanto, somente algumas delas podem te oferecer o que buscas. Mas não deves desprezar as outras que, de imediato, não atendem as tuas necessidades. É bem provável que as árvores frutíferas não tivessem vida sem a cooperação alheia de tudo que as cerca, inclusive do próprio homem. Aceitar um fato depende do teu íntimo, da verdade que vives. Mas mesmo aquilo que aceitaste, por certeza do coração e da inteligência, dependeu aquelas coisas que desprezas por incompatibilidade. Jamais desenhes aquilo que achas que é mentira, porque, para outro, pode ter utilidade. É bom que saibas que toda invenção tem um fundo verdadeiro. As coisas reais vestem roupas diferentes para chegarem até os homens. Aceite o que te convier pela consciência e abençoa as outras. No ambiente que trabalhas, espalha-se a idéia de que são inventores de histórias, para que o descanso seja alegre. E quem não tem uma verdadeira, procura inspiração aqui e ali, para alegrar os companheiros. É nesse ambiente de contar a mais engenhosa história, que surge ou desperta o caso verdadeiro que, quase sempre, vem no fim das conversas. Pela expressão do rosto de quem conta, notarás a realidade ou invento.

Pedro começava a se lembrar da história do rapaz e via nela uma realidade, mas duvidava de uma aparição a pessoa que não era dada às coisas de Deus. Ainda não tinha firmado sua convicção no fato .

O Mestre continuou sua fala:
- Na terra, Pedro, as coisas são muito difíceis. Já ouvistes falar na labuta de um garimpeiro em busca de pedras preciosas? Ele remove montanhas de entulho para encontrar uma delas faiscando no meio das outras, que para ele são imprestáveis. As pedras preciosas são as verdades, as outras são as mentiras. Estão sempre juntas. Se algum dia entrares num trabalho de garimpar, aprenderás com o tempo a escolher, dentre o cascalho, as gemas da natureza. Mesmo depois que encontrares o tesouro no seio da terra, ele, para maior valor, tem que se submeter ao lapidário. Assim é o que queres aceitar. Fatos e coisas, Pedro, tudo passa pela forja da razão. Testa-os nas sensibilidades que Deus te deu, valorizando a tua busca.

Após breve pausa, o Mestre continuou:
- Acho bom pensar em ser garimpeiro de almas. Mas nunca penses que vais encontrar preciosidades de corações em todas elas, pois isso é uma raridade, qual os diamantes na nossa região e o ouro que se esconde nas profundezas da terra. Podes aceitar, meu filho, aquilo que diga respeito à verdade que sentes, e o que ouvires não se fundamentar no que queres; tu és sabedor, pela experiência, de como ouvir, por que às vezes, é atrás das coisas falsas que despontam as verdadeiras. Os falsos profetas vieram e vêm misturados com os verdadeiros, para quem ama a verdade saber discernir e aceitar, por sintonia, o que o amor faz irradiar.

Simão Pedro descansa sua mente no intervalo da dissertação do Mestre. Todos os discípulos estavam sentindo o empuxo da inteligência. Cristo esticava o raciocínio de todos, em uma compreensão maior. Era uma verdadeira escola de filosofia espiritual.

O Senhor deixa riscar em seu lábios um manso sorriso e volta a falar:
- Pedro! Pedro! Ouviste falar esta tarde de um dos fatos mais lindos que as leis presidem para a esperança dos homens. Quando se passa desta para a outra vida, pelo que é chamado de morte, que motivo impede a volta da alma sem o corpo que entrega ‘a terra? Nas escrituras, que tanto amas, tens provas insofismáveis dessa realidade. Na verdade eu te digo, que no nosso meio, por misericórdia de Deus, os anjos descem e sobem em nosso favor.

Parecendo meditar agora, Jesus silenciou. Judas Iscariotes, ao ouvir as últimas palavras do Cristo, esforça-se para ver os anjos referidos e vislumbra algumas personagens translúcidas, com uma corte de astros cantando louvores ao Cristo, que se encontrava na Terra em resposta e como confirmação às profecias.

Simão Pedro Bar-Jonas, pensativo, sai da igreja dos pescadores. Fora, o primeiro rosto que vê é do jovem que lhe tinha contado a história da aparição nas águas do Lago da Galiléia. O discípulo sorriu, dizendo:
- Vem cá, meu filho, vamos conversar.

E saíram os dois juntos pelas margens do lago famoso, tratando de assunto que escapa à nossa escrita.

 

Fundadores

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