Gastronomia - Bares e restaurantes de Tocantins investem na culinária regional.
Em Palmas, 15 empresas se uniram para melhorar o serviço e atrair mais turistas, a partir de investimentos na gastronomia regional. As mudanças também conquistaram a clientela local.
Bares e restaurantes de Tocantins são capacitados para turismo.

Estabelecimentos investem na culinária regional e melhoram o serviço para receber turistas. Com as mudanças, conquistam até a clientela local.

Em Palmas, o projeto turismo atende 15 empresas do setor de alimentação. Todas são capacitadas pelo Sebrae para atrair os viajantes e aumentar os lucros.

“É um projeto que contribui para o faturamento das empresas de gastronomia de todo trade turístico de Palmas. Aumentar o número de clientes e o faturamento dessas empresas é o principal objetivo, resultado desse projeto”, explica a representante do Sebrae de Tocantins, Rejane Risuenho.

O restaurante da empresária Rosa Nunes não tinha piso e nem forro. O que era rústico se tornou regional. Agora a decoração traz fotos do Tocantins. As luminárias são feitas com bambu e palma de buriti.

“O cliente é que é realmente o dono do restaurante. Cada vez que ele vem aqui, que ele vê uma mudança, que está melhor, ele fica feliz”, comentou a empresária Rosa Eufrásio Chaves Nunes.

A culinária também é regional. Frutas típicas como babaçu e mangaba são usadas na preparação de molhos. E o prato mais pedido do cardápio é a carne de sol. O restaurante começou com quatro funcionários e hoje tem 22. Eles atendem 200 clientes por dia, e 40% são turistas, como Tiago Correia, que veio de Brasília.

“O restaurante é muito bom. O cardápio do restaurante une a culinária de Goiás, a culinária do Norte e de Nordeste”, elogiou o cliente Tiago Correia.

O Sebrae investiu na qualidade do atendimento. Os garçons são treinados para lidar com a clientela. “Ele aprende a se comportar melhor, a atender o cliente, a escrever melhor a questão dos pedidos para a mesa”, afirma a representante do Sebrae de Tocantins, Rejane Risuenho.

No restaurante, só entram ingredientes frescos. Tudo é comprado no dia e preparado na hora, o que faz de cada refeição uma bela experiência gastronômica. “O cliente chega, pede o prato e você vai preparar. Ele é artesanal e, por isso, demora mais. Realmente, o a ‘la carte’ é arte”, destaca a empresária Rosa Eufrásio Chaves Nunes.

Um bar-restaurante também faz parte do projeto Turismo em Palmas. O empresário José Ernesto Betelli investiu R$ 150 mil e recuperou o dinheiro em menos de um ano. Ele entrou no projeto do Sebrae antes mesmo da inauguração do restaurante.

“Não tinha experiência nenhuma no ramo, principalmente nesse segmento que abre e fecha muitas casas rapidamente. Era o momento em que eu encontrava vários empresários e havia discussão. Os mesmos problemas que eles já passaram eu estava passando”, lembra o empresário José Ernesto Betelli.

O restaurante tem 350 lugares e 29 funcionários. Uma dificuldade era encher o restaurante no meio da semana. Nas quartas-feiras, a clientela não ocupava nem um terço do espaço. O empresário inventou uma promoção. Até às 22h, o chope é vendido pela metade do preço. A novidade aumentou o faturamento do restaurante em 400%. Agora, numa quarta-feira comum, o bar recebe mais de 500 clientes. Com a promoção, eles ficam mais tempo no bar.

“Com o chope mesmo, eu pago apenas os custos. Eu ganho dinheiro mesmo é com a comida que a gente vende aqui. Ninguém consegue beber e ficar sem comer”, conta o empresário.

O petisco mais vendido é a mandalinha: um bolinho de mandioca frita acompanhado de carne seca desfiada. “Toda vez a galera acaba pedindo algum petisco ou alguma coisa, sempre acaba agregando mais”, diz o cliente Juliano Leonardo Meurer.

O bacalhau Abrindise é servido com molho de tomate, alho e uvas passas. O preparo ideal começa pela escolha dos ingredientes. “Procuramos fidelizar nossos fornecedores. Buscamos, pesquisamos bastante os fornecedores e fidelizá-los, de acordo com nosso padrão de qualidade”, afirma o empresário José Ernesto Betelli.

Para atender a tantos pedidos, José Ernesto investiu mais R$ 70 mil em equipamentos, como forno, empacotadora a vácuo e uma ultracongeladora. “Esse prato já foi embalado a vácuo, já foi ultracongelado, já foi feito antecipadamente durante o dia. À noite ele volta para o forno e faz uma regeneração voltando a sua forma original”, ensina o empresário.

Uma imagem é a prova do sucesso: fila na porta. “Todos os dias a gente precisa trabalhar para ter fila na porta todos os dias. Terça, quarta, quinta, sexta: todos os dias a gente quer que tenha fila na porta”, comemora José Ernesto Betelli.
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