Negócio com turismo de aventura - Microempresários investem na produção de artigos para a prática de esportes aquáticos.
Brasil já é uma referência internacional no turismo de aventura e mais de 50% dos roteiros de viagens no paí­s incluem as atividades radicais.
Microempresários investem na produção de artigos para a prática de esportes aquáticos

Segundo o Ministério do Turismo, o Brasil já é uma referência internacional no turismo de aventura e mais de 50% dos roteiros de viagens no país incluem as atividades radicais.

A natureza no Brasil favorece a prática de vários esportes, entre eles rapel, trilhas, canoagem, rafting, vôo livre e arvorismo. Segundo o Ministério do Turismo, o Brasil já é uma referência internacional no turismo de aventura e mais de 50% dos roteiros de viagens no país incluem as atividades radicais.

E com o aumento do movimento, as empresas que trabalham neste mercado crescem a cada ano. Elas investem na produção de equipamentos para a prática dos esportes. Os empresários deste setor têm um incentivo maior - as regras brasileiras de turismo de aventura vão ser a base para a produção das normas internacionais do setor.

A canoagem é uma das atividades de aventura na natureza. De olho nesse setor, os empresários Ivo Fernandes e Paula Canoletti fabricam equipamentos para a prática da canoagem, como caiaques, coletes, capacetes e mochilas.

“O Brasil é um ótimo mercado. O Brasil tem uma costa imensa de mar. Tem rios maravilhosos no pantanal, no Amazonas, no centro-oeste, no Sul e nos lagos”, conta o empresário Ivo Fernandes.

Preço do caiaque varia de R$1 mil a R$2,5 mil

O caiaque é conhecido como o fórmula 1 dos rios. As empresas produzem o modelo inflável feito de lona de pvc ou rígidos e de polietileno. O preço de um caiaque varia de R$1 mil a R$2,5 mil conforme o modelo. Eles representam 60% do faturamento da empresa de Ivo Fernandes e Paula Canoletti.

“Esse aqui é o caiaque oceânico, ele tem 5 metros e foi projetado para longas distâncias, normalmente no mar. Esse aqui é o caiaque surfe. Ele é quase como uma prancha de surf retinha e dá uma mega estabilidade para surfar as ondas”, explica a empresária Paula.

A produção do caiaque rígido é feita em uma máquina de rotomoldagem que pode ser terceirizada. O empreendedor só faz a montagem. O mais caro no negócio é a criação do produto.

“Todo o desenvolvimento de caiaque demora de seis a doze meses. O custo de um molde é em torno de R$60 mil, mas não é só produzir o molde, você tem que além de produzir o molde, colocar o caiaque em linha e colocar o caiaque em produção. Isso é bem dispendioso”, diz Ivo.

Investimento inicial de R$ 100 mil para montar negócio


O investimento para começar um negócio deste tipo é de R$100 mil. Este segmento exige constante evolução, por exemplo, alguns coletes fabricados pela empresa são doados aos competidores. Depois de testados, o empresário recebe sugestões para melhorar o produto. A inovação garante a dianteira no mercado.

“Esse foi o primeiro colete que eu fiz para corrida de aventura. O pessoal achou ele muito pesado. Em seguida, eu fiz um colete mais leve e mais anatômico. Com o tempo, o pessoal pediu um colete para carregar mais bebidas porque há a necessidade de provas com cinco ou seis horas de duração. Então eu fiz um colete com dois bolsos onde você carrega a bebida. É o meu colete sucesso de venda”, comenta o empresário.

No rio Juquiá, a 70 km da cidade de São Paulo, são praticadas várias modalidades de canoagem. O rafting, a descida em corredeiras, é feito em equipe e se usam botes infláveis. A descida de caiaque pode ser individual ou em dupla.

É neste cenário de aventura e natureza que duas empresas do mesmo segmento trabalham juntas. Cada uma focada no seu negócio. De um lado o fabricante de caiaques, e do outro, uma agência de turismo de aventura. Uma empresa indica a outra e desse marketing de parceria, que não custa nada, vêm 40% dos clientes.

A agência de turismo de aventura é do empresário José Roberto Pupo e existe desde 1988.
“É um mercado legal. Ele está bem disputado. Hoje em dia tem muitas opções para as pessoas fazerem atividades out door, não só em rios, há também caminhada, partes de verticais e arvorismo tem sido bem divulgado e tem tido bastante procura”, conta José Roberto Pupo.

No inverno movimento cai 80%

A sazonalidade do esporte é um cuidado importante neste negócio. No inverno, o movimento cai 80%. Para compensar, quando começa o frio, a agência dá cursos para quem quer abrir uma escola de canoagem. Com um investimento de R$40 mil é possível comprar caiaques, botes e acessórios.

“Tem que ter calma, tem que guardar um pouquinho para poder passar o inverno e hoje eu sugiro infraestrutura administrativa bem enxuta”, fala o empresário.

A empresa atende 10 mil clientes por ano. No verão contrata instrutores temporários para aproveitar a demanda sem ter custo fixo o ano inteiro. E o mercado é promissor. Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Aventura, o principal fascínio do consumidor é a água. É o que garante o presidente da associação, Jean-Claude Razel.

“Fizemos pesquisa do comportamento do consumidor e o que chega em número um dos desejos das pessoas é a água. Então qualquer coisa ligada a água já faz um sucesso, já é diferenciado. Então canoagem faz parte das atividades de aventura e natureza em contato com a água.Tem muitos rios no Brasil para poder praticar”, declara Jean-Claude.

Uma turma vai sair para um passeio. Primeiro, o grupo se alonga e recebe instruções técnicas. Os alunos Wesley Santos e Fabiana Pires são exemplo do sucesso da parceria entre a agência e a fábrica de caiaques. Eles fizeram o curso e depois compraram dois caiaques infláveis.

O casal faz um percurso no rio de cinco quilômetros de correntezas. Eles se equilibram bem e adoram o passeio.

“Muito bom. Muito bom mesmo. É bom, um pouquinho de adrenalina no final de semana para desestressar. Apesar de ser bem dinâmico, relaxa bastante a atividade com a água. A gente gosta bastante”, conta o turista Wesley Santos.

Na aventura relaxante na água, a parceria entre empresários continua.

“Os nossos alunos vem e fazem os cursos aqui. A gente indica para que possam comprar o equipamento com eles. Eles a mesma coisa. Alguém que compra o equipamento e quer ter um conhecimento maior indica os nossos cursos. E a gente vai seguindo junto”, explica José Roberto.
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