Série Corporativa: Empresários querem faturar R$ 3 milhões com site de objetos usados
Casal conseguiu investidor e deixou o emprego para apostar no enjoei.com.
04/09/2012

Do G1, em São Paulo

 
Ana Luiza e Tie Lima, 30 anos e 32 anos, resolveram transformar blog em negócio e lucrar (Foto: Divulgação/enjoei.com)
Ana Luiza e Tie Lima, 30 anos e 32 anos,
resolveram transformar blog em negócio
(Foto: Divulgação/enjoei.com)

Após manter por três anos um blog para a venda de produtos usados como "hobby", o casal de empresários Ana Luiza e Tie Lima, 30 e 32 anos, resolveu transformar a brincadeira em lucro. Há cerca de dois meses, está no ar o enjoei.com, página que permite a qualquer internauta colocar à venda um produto que não quer mais usar. A expectativa do empresário é faturar por volta de R$ 3 milhões só neste ano.
“Era impossível atender toda a demanda. Era muita gente querendo vender, para pouca gente para operacionalizar”, explica o Lima. “Era um blog mesmo, com tecnologia e tudo manual até dois meses atrás.”

Com a alta procura, o ex-executivo, que sempre trabalhou com carteira assinada e atuava na área de e-commerce em uma grande empresa, resolveu apostar na ideia. Abandonou o emprego, conseguiu um investidor, profissionalizou a página para que deixasse de ser apenas um blog e colocou o site no ar.

Eu nem tinha me tocado que dentro da minha casa (...) tinha algo com potencial [de negócio]"
Tie Lima, empresário

“Eu queria fazer alguma coisa neste ano, estava estudando algumas possibilidades. Eu nem tinha me tocado que dentro da minha casa (...) tinha algo com potencial”, afirma Lima. “Eu saí do emprego e agora estou 100% dedicado ao negócio”.

Blog
Em 2009, o então blog nasceu porque Ana Luiza resolveu se desfazer de metade do que guardava em seu armário após Tie, namorado à época e atual marido, passar a dividir o espaço com ela. Os pertences dos dois não cabiam no móvel. “Para apartar a briga, Ana separou tudo que não usava mais e jogou na sala do apartamento. Ela disse, ‘vê aí para mim se o domínio enjoei.com.br está disponível? Enjoei, vou vender tudo isso pela internet’”, revela o empresário.
Ele conta que o domínio estava disponível e no dia seguinte o blog estava no ar. “Foi um sucesso por três anos”, disse.
Em maio deste ano o empresário resolveu investir no negócio. “Eu pensei, eu tenho um 'bussiness' que eu posso transformar, só basta eu fazer com que ele tenha um aspecto que consiga vender mais por dia, que consiga ter um sistema que mais pessoas possam enviar os seus produtos”.
Lima foi atrás de um sócio que, além de tudo, fosse um mentor para investir, que o ajudasse na parte de empreendedorismo, uma vez que o empresário sempre trabalhou como funcionário. Quem apostou na ideia foi Arnaldo Goldemberg, empreendedor ligado à Endeavor, entidade que trabalha no fomento de pequenos empreendedores.

Em 2009, o então blog nasceu porque Ana Luiza resolveu se desfazer de metade dos pertences que guardava em seu armário (Foto: Reprodução)
Em 2009, o então blog nasceu porque Ana Luiza
resolveu se desfazer de metade dos pertences
que guardava em seu armário (Foto: Reprodução)

Produtos
Qualquer produto pode ser anunciado no site, mas as sugestões passam por aprovações. Há de tudo um pouco: roupas, calçados e objetos como óculos, relógios e acessórios. “Percebemos que as pessoas ficam estimuladas a vender pelo que está sendo vendido no próprio site. Quando entra um câmera fotográfica, por exemplo, várias pessoas também enviam produtos semelhantes”, explica.
Para anunciar, o interessado precisa se cadastrar, estipular um preço e descrever o produto – a intenção é fazer essa descrição de forma mais humana e descontraída possível, explica Tie. “A gente conta uma história, fala um pouco mias do produto. A gente quer humanizar esse processo, quer uma correlação com os produtos muito próxima”, diz.

As informações, contudo, são de responsabilidade de quem coloca o produto à venda. “A gente acompanha para ver se está tudo direitinho, se não tem ninguém dando calote em ninguém. Se tem produto quebrado, falsificado”, diz. O site cobra uma taxa de 20% mais R$ 2,15.
Segundo o empresário, a maioria dos "vendedores" chega pela propaganda boca a boca. Recentemente, os empresários também estão fazendo parcerias, como com brechós.

 

 
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