Turismo - Setor de turismo investe na criatividade para elevar faturamento.
Pequenas empresas descobrem novas oportunidades no setor em SP.
Setor de turismo investe na criatividade para elevar faturamento.

Pequenas empresas descobrem novas oportunidades no setor em SP.
Agências investem em visitas a museus e até passeio de helicóptero.

Pequenas empresas descobrem novas oportunidades no setor de turismo. Em São Paulo, as agências investem nos roteiros curtos para atrair visitantes e faturar.

Uma delas se especializou em passeios de pequeno percurso. Para os empresários Fatima Busani e Antônio Brice, passeios baratos são uma maneira de se destacar em um mercado com muitos concorrentes.

“Normalmente as grandes não se interessam muito pelos passeios de pequeno porte. Então nós começamos a observar o que faltava no mercado e o que as pessoas pediam”, revela Fatima.
Os empresários abriram a agência em 2003. O investimento foi de R$ 4 mil para montar um pequeno escritório com dois computadores. O serviço de transporte e guia turístico é terceirizado.

“É importante porque a gente consegue pegar um público que tem um poder aquisitivo um pouco menor para aproveitar o dia. Um público também que tem pouco tempo, por exemplo, final de semana tem gente que trabalha sábado, trabalha domingo, ou dia de semana, então ela aproveita esse dia para fazer um passeio”, explica Antônio.

É preciso ter um bom capital de giro porque os empresários pagam à vista por esses serviços, mas recebem dos clientes em até dez vezes.

“Nós trabalhamos muito com empresas, corporativo, e as empresas precisam de um tempo para se reestruturar e fazer os pagamentos”, afirma Fatima.

A agência atende 300 clientes por mês. Os empresários recebem os turistas, mostram vídeos e personalizam os roteiros.

“É um passeio aqui pela cidade de São Paulo, pelos museus, e terminar numa pizzaria aí com a família, numa reunião familiar”, diz Maria Helena Santos, cliente. O passeio vai ficar em R$ 300.

Criatividade
Nesse negócio, a margem de lucro dos passeios é de 25%. É a criatividade que atrai e conquista os clientes.

“Já fizemos passeios com cães, a famosa ‘cãominhada’, e até passeios de trenzinho pela cidade, também inovando, porque não existia quem fizesse”, diz Fatima.

O movimento da agência de turismo cresce 25% ao ano. São mais de dez tipos de passeios. Os mais procurados são os mais curtos.

A agência fatura com passeios rápidos, práticos e baratos, como visitas pelo centro de São Paulo. A guia turística é a própria empresária e as atrações estão de graça, nos monumentos da cidade. O único gasto com transporte é a sola do sapato, já que o percurso é todo feito a pé.

Como não tem muitas despesas, a empresa cobra pouco. Há passeios, por exemplo, que custam R$ 16 reais por pessoa, dinheiro que entra praticamente todo na forma de lucro.
No Páteo do Colégio, onde ocorreu a fundação de São Paulo, em 1554, o passeio dura quatro horas. A guia mostra detalhes e curiosidades do entorno. Os turistas também conhecem outros lugares, como o edifício Martinelli, o maior arranha-céu da década de 20.

“A área de turismo é muito grande, tem espaço para todo mundo, vale a pena trabalhar com turismo”, afirma Antônio.

Potencial turístico
Para o diretor do São Paulo Convention Bureau, Toni Sando, a capacidade de enxergar o potencial turístico de uma cidade, como o centro de São Paulo, faz a diferença. Ao oferecer passeios interessantes e baratos, a agência alcança um novo público e prova que o turismo deixou de ser de elite.

“Hoje essa classe nova, essa classe emergente, ela está tendo a oportunidade de aproveitar tudo aquilo que o seu próprio destino oferece, conhecer a sua cidade, ou aproveitar pequenas viagens pra conhecer outros destinos”, diz Sando.

Voo de helicóptero
Um dos passeios mais emocionantes é o de helicóptero. O serviço é feito pela agência de turismo em parceria com a empresa de táxi aéreo, do comandante Jorge Bitar Neto. Cada voo de meia hora custa R$ 285 por pessoa.

“Nós usamos o helicóptero para fazer algumas coisas do tipo levar o casal para jantar, dormir fora ou então para sobrevoar serras em torno da cidade, enfim, usamos o helicóptero de forma criativa”, afirma Neto.

Fabrício e Walquíria Favero fazem três anos de casados e vão comemorar no ar. “Eu achei que o passeio de helicóptero seria a melhor alternativa porque primeiro é fácil aqui na cidade. A gente consegue ter outra perspectiva da cidade de São Paulo, sobrevoando e num voo noturno ainda”, diz Walquíria.

“Adorei o presente. O voo foi uma experiência única, inesquecível. A cidade é linda à noite”, revela Fabrício.

O passeio de helicóptero mostra que a indústria do turismo mexe com toda uma cadeia de atividades. As oportunidades de negócio se espalham por mais de 50 setores da economia.

“Você tem uma série de oportunidades. Na atividade de guias, de motoristas bilíngues, dentro do hotel, da recepção, ou da gastronomia, do serviço que se oferece, ou na área comercial das feiras, você tendo recepcionista, montador de estande ao decorador. A internet, que é onde hoje praticamente todas as pessoas fazem as suas inscrições. Então existe uma série de profissões novas surgindo no mercado e que estão totalmente conectados ao turismo”, afirma Sando.
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