Econegócios - Produtos recicláveis e biodegradáveis são a nova aposta do mercado.
Caneta feita com amido de milho, calendário de madeira de reflorestamento e relógio movido à água são alguns dos econegócios bem-sucedidos do Brasil.
Produtos recicláveis e biodegradáveis são a nova aposta do mercado.

Caneta feita com amido de milho, calendário de madeira de reflorestamento e relógio movido à água são alguns dos econegócios bem-sucedidos do Brasil.

Econegócios. Empresas desenvolvem produtos reciclados e biodegradáveis para atender exigentes consumidores. A natureza agradece e o faturamento também.

A caneta biodegradável é fabricada com uma resina extraída do amido de milho e, quando descartada, se decompõe em apenas seis meses. A caneta comum permanece na natureza por 400 anos.

O empresário Arnaldo Di Giuseppe investiu na produção da caneta ecologicamente correta porque percebeu que o mercado exigia um produto diferente.

“Eu falei: ‘vou tentar injetar no Brasil um produto econômico e biodegradável’. Fiz uma viagem para a Itália e acabei conseguindo. Comprei um molde interessante e aí eu tinha que buscar parceiros aqui no Brasil que acreditassem, juntamente comigo, na ideia e no desenvolvimento”, explica Arnaldo Di Giuseppe.

O empresário fez parceria com Paulo Ferreira para tirar o projeto do papel. Foram quase dois anos de testes até chegar ao modelo ideal. O investimento para a fabricação da caneta biodegradável foi de R$ 280 mil, em matéria-prima e moldes.

“Eu tive que investir no escuro, eu não tinha certeza se ia dar certo ou se não ia dar certo. Mas, pelo tempo que eu estava no mercado, eu falei: ‘eu vou arriscar’”, conta o empresário.

Na fábrica, o processo começa com a mistura de aditivos e lubrificantes a uma resina granulada, que é importada dos Estados Unidos. “Não é uma resina tão estável quanto um plástico do petróleo. Então, você tem que adaptar ela ao seu uso”, informa o empresário Paulo Ferreira.

A matéria-prima depois é injetada nos moldes para ganhar forma. Na linha de montagem, as canetas recebem a ponta de metal e a carga. E, por fim, são embaladas.
A empresa fabrica 100 mil canetas por mês, nas cores vermelha, azul e preta. O faturamento é de R$ 70 mil.

Paulo Ferreira e Arnaldo Di Giuseppe vendem o produto no atacado para o setor de brindes promocionais e já têm 50 clientes. A unidade custa R$ 0,70. Para o ano que vem, a previsão é aumentar a produção em mais 50 mil unidades por mês.

“Nós estamos já incorporando o autossustentável, o politicamente correto. O brasileiro parece que todo dia está ouvindo muito isso e a gente está sendo beneficiado com essa onda, vamos dizer assim”, diz Arnaldo Di Giuseppe.

Uma mineradora multinacional comprou R$ 1,5 mil canetas biodegradáveis para distribuir como brinde. “A nossa expectativa é que o público associe com a nossa marca, com os nossos produtos, que nós somos uma empresa com responsabilidade social”, declara a cliente Luciana Rodrigues Bezerra.

Outro empresário também investiu em econegócios. Marco Antônio Pereira criou um calendário ecologicamente correto e permanente. Ele é feito com madeira de reflorestamento e funciona com combinações numéricas. É só virar os cubos e formar as datas.

O empresário terceiriza a produção das peças do calendário em marcenarias, onde as peças são cortadas, lixadas e montadas. Depois, na empresa, é feito o acabamento. Os cubos são estampados com dias da semana, meses e números.

O calendário permanente foi criado pela empresa há dois anos. De lá pra cá, a procura pelo produto aumentou 200%. Hoje, são produzidas, por mês, mais de cinco mil peças: um brinde simples, de fácil manuseio e com preço competitivo no mercado.

Para entrar nesse nicho de mercado, o empresário investiu R$ 150 mil. O capital foi usado para desenvolver o produto e contratar mão de obra. Cada calendário é vendido no atacado por R$ 10. O produto chega para o consumidor final em saquinhos de fibra natural.

Além do calendário, o empresário trabalha com 150 itens sustentáveis. Entre eles, um relógio que funciona com água e dispensa baterias. Com a linha de produtos verdes, o faturamento da empresa chega a R$ 200 mil por mês.

“A família de produtos sustentáveis, hoje, é 30 a 40% do nosso faturamento, mas a ascensão desse faturamento de sustentáveis é brutal. Acho que, em seis meses, vai fazer 60, 70% do nosso faturamento”, acredita Marco Antônio Pereira.

Anna Paula Marinelli é cliente do empresário. Ela é diretora de uma gráfica em São Paulo e compra os brindes sustentáveis há dois anos. “Este brinde é sustentável. Então, por ser de madeira, chamaria mais a atenção dos nossos clientes, já que nós trabalhamos com papel, e eles estariam esperando alguma coisa feita com papel”, afirma a cliente.
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