Empreendedorismo - Brasil está entre os 15 países mais empreendedores do mundo.
Para ser um empreendedor de sucesso, são necessárias características como: iniciativa, eficiência e planejamento.
Brasil está entre os 15 países mais empreendedores do mundo.

Para ser um empreendedor de sucesso, são necessárias características como: iniciativa, eficiência e planejamento.

O Brasil está entre os 15 países mais empreendedores do mundo. Mas para ser um empreendedor de sucesso, são necessárias características como: iniciativa, eficiência e planejamento. Saiba o que faz a diferença. Acompanhe.

A empresária Nanci Nakano assumiu três farmácias montadas pelos pais e transformou o negócio numa rede lucrativa de 12 lojas.

E o que faz dela uma empreendedora de sucesso? A resposta pode ser visão de mercado. A empresária começou a cuidar das farmácias em 1987 e logo buscou um novo público.

“Pra enfrentar a concorrência do mercado, que está acirrada, a empresa adotou a estratégia de focar no público de classe C. Então, nós atendemos, abrimos lojas em bairros e regiões onde as grandes redes não atendem”, contou Nanci Nakano.

Uma das características mais importantes do empreendedorismo é a ousadia. Para abrir cada nova unidade da rede, é preciso investir R$300 mil, em reforma, equipamentos e capital de giro, mas tudo é risco e o negócio pode não dar certo. Foi o que aconteceu em 2008. A empresária investiu numa nova loja, perdeu todo o dinheiro, mas não desistiu.

Nanci Nakano retomou forças e abriu outra loja. Desta vez, escolheu melhor o ponto comercial. O negócio deu certo e Nanci recuperou o prejuízo. Para outros empreendedores, fica a lição de que o fracasso pode ser a oportunidade de aprender e crescer.

“Por mais que você faça conta, que você estude, planeje, não é 100% a garantia de retorno, então você tem que medir alguns riscos e estar preparado para um eventual prejuízo, mas tem que ter coragem, tem que ir à luta”, afirmou Nanci Nakano.

Com Nanci, a administração do negócio sofreu uma reviravolta. A empresária implantou um software para gestão do estoque que antes era controlado à mão. A farmácia tem mais de 10 mil itens e faltar mercadoria significa desperdiçar cliente. Hoje, quando baixa o estoque, o sistema aciona a compra automaticamente.

“O cliente entra com uma receita, se na receita tem três itens e ele não encontra um dos três itens, ele não leva nada. Então é muito importante você trabalhar para ter ruptura zero, estoque completo”, disse Nanci Nakano.

Na farmácia, um detalhe curioso: os preços são fixados em centavos. Sabonete a R$1,77, algodão a R$2,94. A ideia é baixar o preço onde for possível.

A empresa sabe que o consumidor da classe C percebe e valoriza a diferença de preço, por menor que ela seja.

“Bem mais em conta do que em outras farmácias, eu compro aqui sempre, não tenho do que reclamar”, contou Vanderlei Oliveira, cliente da farmácia.

“O que me atrai é o atendimento que os funcionários dão cada vez que eu venho aqui e o preço, que é bem compatível com as outras farmácias”, disse Denise Alves, outra cliente.

A empresária também foi atrás de conhecimento. Ela contratou o consultor Sebastião de Oliveira para ajudar no treinamento dos funcionários.

“O treinamento que foi feito foi principalmente no sentido de desenvolver as pessoas pra gerenciar a operação. E quando eu digo operação eu to falando de três aspectos: é capacitar o gestor pra gerir os resultados, gerir as pessoas e gerir os clientes”, afirmou Sebastião de Oliveira, consultor.

Para a empreendedora Nanci, o sucesso do negócio se baseia num tripé: comprar barato, vender bem e controlar custos.

“O exemplo foi a telefonia. Nós tínhamos um gasto mensal de R$ 16 mil. Com toda a estruturação, nós conseguimos reduzir esse gasto para R$ 8 mil”, explicou Nanci.

Hoje, a rede de farmácias atende 100 mil clientes por mês. E Nanci quer abrir mais três novas unidades em 2011.

“Em alguns momentos, você tem que tomar algumas decisões que não são fáceis, até de mudar algumas coisas que estão funcionando”, disse Sebastião.

Já outro empreendedor, Baixo Ribeiro, montou uma galeria de arte diferente. O espaço tem obras de artistas novos e é voltado para clientes jovens.

“Artistas que trabalhavam no muro, na rua, ou tatuador, que trabalha na pele de uma
pessoa, ou quadrinista, ilustrador que trabalha com suportes muito diferentes”, contou Baixo Ribeiro, empresário.

Os quadros são contemporâneos e o visual despojado. Os objetos de arte custam desde R$1, para os bottons, até R$ 42 mil. Para o consultor Sebastião de Oliveira, o empresário derrubou o mito de que arte é só para ricos.

“Num negócio como este, o empreendedorismo está na visão que esse empreendedor teve seis anos atrás de perceber alguma coisa que tava acontecendo no mercado das artes e antecipar a realização de uma galeria diferente como esta. Depois disso, sem dúvida nenhuma, na capacidade de materializar isso num negócio e num modelo de negócio muito diferente do que existe por aí a fora”, afirmou Sebastião Oliveira.

O empresário investiu R$ 30 mil para montar a galeria. Alguns trabalhos são expostos em consignação. Quando acontece a venda, Baixo Ribeiro recebe 50% de comissão. Ele também compra peças de alguns artistas e reproduz a obra em dezenas de gravuras, vendidas a partir de R$ 90 cada.

O empreendedor enxerga longe, e planeja cada passo do negócio. De olho no futuro, ele financia a educação dos novos pintores e banca encontro entre artistas da galeria e de outros países.

“A gente investe muito nos artistas, o retorno é de longo prazo. Mas, além dos valores, tem também um valor cultural de você saber que está fazendo uma coisa legal pra toda cena, pra todos os jovens dessa idade”, contou Baixo Ribeiro.

A galeria fatura R$ 2 milhões por ano. A expectativa é dobrar o faturamento em 2011, com vendas garantidas para clientes como o colecionador José Otávio.

“Se você considerar que Van Gogh não vendeu nenhum quadro em vida e hoje você considerar que está entre os mais caros, talvez o mais caro do mundo, eu acho que dá pra pensar que esses jovens com certeza estão se valorizando”, disse José Otávio, cliente da galeria.

“Eu sou empreendedor porque eu olho pro futuro, então eu tenho que acreditar nas gerações que estão vindo por aí e tudo que a gente pode fazer de bom com elas”, disse Baixo Ribeiro.

“O empreendedor é alguém que tem uma visão de uma oportunidade, traduz essa visão de oportunidade num negócio de fato e assume o risco de fazê-la acontecer”, completou Sebastião de Oliveira.
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