Confecção - Confecções de biquínis investem em gestão e tecnologia para crescer no mercado.
O Sebrae reuniu as fábricas em um pólo de moda da região metropolitana de Porto Alegre. O trabalho fortaleceu até mesmo as vendas no exterior.
Confecções de biquínis investem em gestão e tecnologia para crescer no mercado.

O Sebrae reuniu as fábricas em um pólo de moda da região metropolitana de Porto Alegre. O trabalho fortaleceu até mesmo as vendas no exterior.

Produção de biquínis no Rio Grande do Sul. Pequenas confecções fazem mudanças na gestão e na produção de suas empresas para crescer no mercado. Com isso, os empresários melhoram a qualidade dos produtos e aumentam os lucros.

As mulheres gaúchas usam biquíni durante um período bem curto do ano.
- “De novembro a fevereiro. Depois fica frio, não dá” conta a estudante Juliana Prates.

O clima mais frio é comum em Porto Alegre. Chove forte, pára, vem a garoa e, junto com a água, o frio. Os moradores vestem casacos, jaquetas e roupas pesadas. A temperatura média no inverno é de 12°C. Apesar disso, há um investimento pesado em moda praia. Só no projeto do Sebrae são 15 empresas que produzem 35 mil biquínis por ano.

O Sebrae reuniu as fábricas em um pólo de moda da região metropolitana. Foram quatro anos de trabalho para fortalecer as marcas e aumentar o mercado.
“Hoje nós temos empresas que são referência nacional e que conquistam mercado no Brasil em função de ter um produto tipo exportação, com qualidade, com desenvolvimento, inovação e tecnologia aplicada”, afirma a representante do Sebrae no Rio Grande do Sul, Camila Ferraz, gestora do projeto de promoção do Pólo de Confecção da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Uma delas pertence aos irmãos Silvio e Giovanni Colombo. Os empresários, com apoio do Sebrae, participaram de feiras no exterior. Em contato com clientes internacionais, eles decidiram mudar a produção dos biquínis.

“Procuramos melhorar a qualidade do produto em questão de costuras, de tecidos, aviamentos, pra chegar a um grau de qualidade compatível com os produtos que são vendidos lá fora”, afirma o empresário Silvio Colombo.

O primeiro passo foi contratar uma equipe de estilistas. Agora, os novos biquínis são feitos com tecidos tecnológicos, como o “x-bio”. O fio é três vezes mais resistente ao cloro das piscinas.


“Ele possui, na sua composição, maior aderência. Ele tem maior suavidade em contato com a pele da pessoa e traz maior conforto”, explica a designer de moda, Nemora Andrade.


Os biquínis têm metais banhados em pó de ouro. “Ele fica mais resistente à ferrugem, tendo maior durabilidade para a praia e piscina”, conta a designer de moda Victoria Shuch.

Todas as estampas são exclusivas. Foram desenvolvidas sob encomenda da empresa. A perfeição atinge um público diferenciado.


“Quem tem bom gosto vai buscar um produto bonito, sofisticado e porque não exclusivo na estampa também”, pondera o empresário Giovanni Colombo. As empresas que oferecem um produto com qualidade tipo exportação conseguem mais clientes no mercado interno.


“Quando a empresa verifica, se qualifica, a ponto de acessar o mercado externo, ela tem um produto que abre as portas no mercado nacional. No caso da moda praia gaúcha, é isso que acontece”, afirma Camila Ferraz, do Sebrae-RS.


Com o projeto, o faturamento dos empresários aumentou 80%. A fábrica dos irmãos Colombo produz 14 mil biquínis por ano. Só 35% são negociados no estado. A empresa mantém três lojas próprias da confecção. O restante vai para 150 pontos de venda na região Sudeste.


“Até por causa de temperatura. Eles têm um verão mais intenso, de seis meses. Tem mais lojas que vendem moda praia. Por isso, um volume muito maior de vendas”, explica Silvio Colombo.


Agora, os empresários apostaram em um novo segmento. Geralmente, as mulheres não chegam à praia só de biquíni. Por isso, a empresa investiu em produtos complementares: vestidos, camisas e calças pantalonas. Hoje, essas peças são tão importantes quanto os biquínis. A venda delas representa 40% do faturamento.


“O cliente que compra o complemento em outra loja, pode encontrar um biquíni na outra loja e comprar todo produto da outra loja. Se eu tiver todo esse complemento na minha loja, ele compra o biquíni, o maiô e todo esse complemento”, revela o empresário Silvio Colombo.


Montar uma pequena fábrica de biquínis custa cerca de R$ 30 mil. O empresário precisa de uma área de 30 metros quadrados e de equipamentos. É possível recuperar o investimento em 18 meses. O faturamento mensal chega a R$ 40 mil.


“Se você quiser ter um produto diferenciado e um valor agregado maior, é a qualidade que vai dar o diferencial, inclusive para exportação. O Brasil hoje mostra em outros setores que o produto com qualidade e com diversificação tem mercado no exterior”, afirma Silvio Colombo.

“Vale a pena investir em negócio desses porque a rentabilidade vai ser boa. Contanto que se mantenha um patamar de produção de qualidade”, revela Camila Ferraz, do Sebrae-RS.

Veja os contatos das empresas mostradas na reportagem


SEBRAE/RS
Rua Siqueira Campos, 855 – Centro
CEP: 90010-000 - Porto Alegre/RS
Tel.: (51) 3213-1576 / 9701-9186
www.sebrae-rs.com.br


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