Cidadania corporativa - Empresas se preocupam cada vez mais com a responsabilidade social.
O empresário Sérgio Contente adotou a ideia da responsabilidade social há seis anos. Ele criou uma Fundação de Ensino que dá cursos de informática e contabilidade para pessoas carentes.
Empresas se preocupam cada vez mais com a responsabilidade social.

Pequenas investem no social e aumentam competitividade

Lucros chegam junto com ações para o meio ambiente.

Entre iniciativas estão criar fundação de ensino e economizar recursos.

Pequenas empresas investem na responsabilidade social para se tornar competitivas no mercado. Agora, os lucros chegam junto com a preocupação sustentável e em ações para cuidar do meio ambiente.

A trajetória de sucesso de Sergio Contente tem uma explicação que vai além dos lucros. Ele desenvolve softwares administrativos para empresas. Ele começou em 1987, com um computador e um telefone, e hoje é dono de uma empresa com 300 funcionários e R$ 2 mil clientes.

Para o empresário, a conquista do mercado se deve em boa parte ao investimento que ele faz na própria sociedade. É o que se chama de cidadania corporativa. “A gente como empresário, a gente tem uma missão, obrigação de cuidar também do social, cuidar do planeta, enfim, então essa atividade que a minha empresa faz é nesse sentido”, afirma.

Em 2005, Sergio criou uma fundação de ensino onde tudo é de graça, bancado pelo próprio empresário. A fundação dá cursos de informática e contabilidade para pessoas de baixa renda e idosos. Qualquer um, de qualquer lugar do país, pode fazer as aulas. Basta se inscrever no site www.idepac.com.br. A fundação tem nove salas e 150 computadores. Todo ano, forma 1.800 alunos.

“As professoras são muito eficientes, têm uma calma tremenda para a gente aprender. Então eu estou aprendendo bastante”, diz João Morilhão, aluno.

“Os cursos combinam as duas coisas, a teoria e a prática. Então, nos laboratórios, nós conseguimos proporcionar essa prática através dos nossos softwares e os cursos de informática básicos para esses jogos que são muito requisitados, o conhecimento do software de folha de pagamento, de contabilidade é muito útil pra ele arrumar emprego”, diz Mario Hessel, presidente da fundação.

Mal termina o curso, alguns jovens já conseguem emprego na própria empresa de Sérgio. “O curso é para jovens de baixa renda e me deu uma oportunidade de fazer o meu primeiro curso onde eu aprendi a minha primeira profissão”, diz Rafael Rodrigues, consultor técnico.

O empresário investe R$ 900 mil por ano na fundação. O dinheiro, que seria parte do lucro dele, paga professores e renova os computadores da escola. “Eu tenho a necessidade de cuidar com a educação, com a qualificação profissional, isso está na minha pessoa e na característica da minha empresa. Eu percebi que, com o tempo, isso também retorna para empresa, não necessariamente faz por isso, mas também por isso”, afirma.

Filosofia de trabalho
Bolos, tortas, pudins, mousses e sobremesas de dar água na boca. Mas o que mais chama a atenção em uma outra empresa é a filosofia de trabalho. No local, a cidadania corporativa está nos cuidados com o meio ambiente, na economia dos recursos naturais e na valorização dos funcionários.

“Economizar em água, economizar em energia, trabalhar os funcionários, os seus colaboradores como verdadeiros cidadãos que não apenas produzem, mas constroem um mundo melhor, faz com que a empresa se torne sustentável”, diz o empresário José Edson Moisés Filho.

Aqui, nenhuma embalagem é jogada fora. Todas são recolhidas e vendidas para empresas de reciclagem. O dinheiro da venda compra o farto café da manhã dos funcionários. “A idéia de voltar com o papelão e aí reciclar, e o dinheiro ser investido em beneficio dos funcionários é interessante, é boa”, diz Edvan de Oliveira, assistente de vendas.

Na produção das sobremesas, a empresa se especializou na economia dos recursos naturais. E o primeiro deles é a água.

Em vez de forma de alumínio, a empresa usa papel para assar os bolos. Essa medida simples evita a lavar 800 formas por semana. Só as sobremesas que vão para geladeira continuam na forma de alumínio, aliás, untada na manteiga. E haja água para limpar. Mas outra medida simples facilita as coisas. A pia, na verdade, é um tanque. As vasilhas ficam imersas, para soltar gordura, são ensaboadas e só depois a torneira é aberta para enxaguar. A economia [e de mil litros de água por mês.

É uma prova de que investir no meio ambiente dá retorno. Outro exemplo é a energia elétrica. Os funcionários foram treinados e ninguém deixa luz acesa à toa. A conta reduziu em R$ 800 por mês. Até parte do maquinário da fábrica entrou na roda. Em vez de energia elétrica, os equipamentos são movidos a ar. “Nós optamos em desenvolver uma prensa hidráulica, assim como os outros equipamentos, e hoje a gente consegue uma economia boa de energia”, diz Moisés Filho.

A fábrica de sobremesas trabalha em ritmo acelerado. Produz 5 mil doces por mês, vendidos para 200 supermercados e confeitarias no país. Para o empresário, o respeito às pessoas e ao meio ambiente gera funcionários mais comprometidos, torna a empresa mais competitiva, e melhora a imagem para o consumidor.

“Nós estamos há mais de 16 anos no mercado, a empresa é competitiva, a empresa é saudável, a empresa tem o respeito do mercado e isso faz com que a gente tenha longevidade e com certeza lucratividade também.”
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