Negócio de calçados - A indústria calçadista de Belo Horizonte busca novos mercados.
Inovação é a arma para ganhar mercado no Brasil e no exterior.
A indústria calçadista de Belo Horizonte busca novos mercados.

Inovação é a arma para ganhar mercado no Brasil e no exterior.

Moda feita para os pés. A indústria calçadista de Belo Horizonte, em Minas Gerais, inova para ganhar mercado no Brasil e no exterior.

As fábricas de calçados de Belo Horizonte investem em design e novos materiais para crescer. E elas contam com a ajuda do Sebrae para se tornarem competitivas.

“O ambiente de negócios hoje de uma empresa, ele passa não só pela parte financeira, de pessoas, de processos. Mas principalmente pela parte de tecnologia da informação, desenvolvimento tecnológico dos produtos e de mercado”, afirmou Renato Lana do Sebrae – MG.

A primeira mudança é no estilo. Mais de 90% das empresas já lançam novas coleções a cada estação.

Os calçados produzidos aqui em Belo Horizonte fazem sucesso em feiras que atraem clientes do mundo inteiro. As 30 empresas que participam do projeto faturam R$ 2,5 milhões por mês. E o mercado é tão favorável que já tem gente prevendo ganhar o dobro em três anos.

Esse é o caso do empresário Ricardo Castilho de Avelar. Ele é dono de uma fábrica de calçados masculinos.

“A nossa expectativa para os próximos três anos é crescer, a cada ano, em torno de 30%. No final do período, a gente espera ter duplicado o faturamento da empresa. E com isso, também, o lucro da empresa acompanhando esse crescimento”, disse o empresário.

Os sapatos sociais ocupam 70% da produção. Mas a fábrica também faz mocassins, sandálias, botinas e tênis. Com a ajuda do Sebrae, a empresa participou de feiras em São Paulo e no Rio Grande do Sul.

“As feiras têm oportunidades de negócios no sentido de ampliar o número de clientes, estabelecer laços com os clientes que já compram, identificar novos mercados, acompanhar tendências do mercado, e com isso a gente pode estar sempre alinhado com o que vem pela frente em termos de mercado”, completou Ricardo.

O principal problema é a baixa produtividade. A solução foi eliminar alguns modelos complicados e concentrar a produção nos calçados mais vendidos. Outra mudança foi na escolha da matéria-prima. A fábrica tenta reduzir despesas para aumentar o lucro. Uma das estratégias é usar materiais mais baratos. O desafio é fazer isso sem perder qualidade do produto final. A fábrica já produz quatro mil pares por mês. Os calçados são vendidos em lojas de seis estados.

“A mudança do couro, mantendo a qualidade mas com outro fornecedor, propiciou uma modelagem mais bonita com custo mais barato. Da mesma maneira, no forro, a gente sempre procura trabalhar com produtos de melhor qualidade, mas com custo menor, para que o sapato fique acessível ao mercado consumidor”, afirmou o empresário Ricardo.

A estilista Júnia Gomes também participa do projeto. Ela se divide entre a criação dos modelos e a gestão do negócio. E se apóia nas reuniões com outros empresários do setor para tomar decisões.

“Essa troca de informações foi importantíssima para nós, tanto para solução de problemas, como para busca de novos fornecedores, troca de informação sobre clientes. Eu acho que o trabalho em grupo é muito mais forte que o individual”, comentou a empresária Júnia.

Por dia, a empresária produz 100 pares de calçados femininos e 30 bolsas. A maior preocupação dela está na redução de custos.

“A gente tá agora prestando mais atenção na compra da matéria-prima. Eu aprendi a porcentagem que a matéria-prima tem que representar no meu custo total. Então não é só aquilo que eu gosto, que eu acho bonito. Tem que ser aquilo que é viável para o meu produto ter o preço final que eu desejo”, afirmou a empresária.

Com a participação em feiras, a empresa aumentou o número de clientes. Os produtos são vendidos em mais de 300 lojas em todo o brasil. E ainda são exportados para Japão e Angola.

“O nosso faturamento aumentou de 50% a 60%, depois da participação nesse projeto do Sebrae, completou”.

O setor deve crescer ainda mais em belo horizonte. O governo mineiro sancionou um regime especial de tributação para os calçadistas. A alíquota de ICMS caiu de 12% para 3%.

“Reduzindo essa alíquota do ICMS para a empresa, reduzindo a sua carga tributária, ela aumenta, tem um maior ganho na sua margem de lucro do produto”, afirmou Renato Lana.

Veja os contatos das empresas mostradas na reportagem:

SEBRAE/MG
Avenida Barbacena, 288 – Barro Preto
CEP: 30190-130 – Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 3253-4727
www.sebraemg.com.br
Gestor do Projeto: Renato Lana

Calçados Palliotto
Avenida Valdomiro Lobo, 897 – bairro Guarani
CEP: 31814-620 – Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 3433-4277
www.palliotto.com.br
Empresário: Ricardo Castilho de Avellar

Junia Gomes
Rua Monte Simplon, 490 – G – Bairro Nova Suiça
CEP: 30421-125 - Belo Horizonte/MG
Tel.: (31) 3372-5600
www.juniagomes.com.br
Empresária: Júnia Gomes
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